Matéria: Rodrigo
de Aguiar;
Fotos: Gabriel
Morosoli.
Começaram a circular
na manhã de ontem, dia 17, em Pelotas os primeiros ônibus dotados com a
tecnologia Euro V de emissão de poluentes, os coletivos das empresas Laranjal e
Transpessoal dão o pontapé inicial para as futuras compras das empresas
operadoras do sistema e auxiliam na diminuição do teor de enxofre liberado
pelos veículos abastecidos a diesel na cidade. Conforme explicado em matérias
anteriores, o objetivo da nova tecnologia é diminuir em cerca de 60% as
emissões de Óxido de Nitrogênio e em 80% as de partículas promovidas pelos
atuais modelos equipados com a Euro III e sua principal novidade está na
utilização do aditivo ARLA 32 que é o responsável por possibilitar a redução
dos gases derivados da combustão através de uma reação química realizada no
motor. No entanto, para que este conjunto trabalhe de forma correta, é
necessário o abastecimento com o combustível conhecido como S-50, que libera
apenas 50 partículas de enxofre por milhão, diferentemente do atual diesel que
expele 1800 partículas, causando uma enorme queda em benefício ao meio
ambiente.
É importante
destacar que os novos coletivos não utilizam ARLA. Por serem da marca
Volkswagen são equipados com o sistema EGR que reaproveita os gases de descarga,
que são novamente levados ao cilindro, otimizando assim a combustão e resultando
na redução do material particulado. Este sistema foi desenvolvido pela MAN para
os motores D-08 de caminhões e ônibus fabricados no país, dessa forma o
frotista não experimenta gastos com a compra do ARLA e possui um veículo
totalmente apto para atender as normas do PROCONVE P7. Confira no vídeo abaixo,
produzido pela Volkswagen, as principais mudanças trazidas pelo o EGR.
CARROCERIA:
Assim como a
tecnologia empregada na motorização dos coletivos a carroceria também é
novidade no município. O grupo Kopereck optou pela compra do Svelto, o modelo
fabricado pela Comil é da nova geração e possui o que há de mais moderno nas
questões de segurança e conforto, tanto para usuários quanto para motoristas e
cobradores.
Segundo
informações da encarroçadora, o modelo possui um novo conceito de design que
harmoniza as linhas modernas e suaves à funcionalidade e desempenho, gerando
bem-estar, qualidade, durabilidade e leveza, itens que são facilmente percebidos
pelos passageiros. O conjunto óptico do novo Svelto possui faróis dianteiros que
integram design e funcionalidade e sinaleiras em led, que deixam à traseira mais
moderna atraente e iluminada, proporcionando ao frotista facilidade de manutenção.
Internamente o modelo também sofreu pequenas alterações, podendo ser destacados
o amplo espaço do salão de passageiros, a nova cabine e o novo posto do
cobrador, que foi dimensionado ergonomicamente visando conforto e comodidade
para quem passa toda a jornada de trabalho naquele local. O salão de
passageiros conta com tons mais claros e novos conceitos de acabamento que
deixam o espaço mais limpo e agradável ao passageiro. Já a cabine ganhou uma
nova harmonização com linhas sutis que facilitam o acesso do motorista e dos
passageiros.
ACESSIBILIDADE:
Atendendo ao
disposto na legislação vigente, os novos veículos possuem elevador para
transporte de pessoas portadoras de necessidades especiais e pega mão tátil, o
que facilita o acesso de pessoas com deficiência visual garantindo assim um
transporte mais digno e igualitário.
Segundo
informações obtidas junto ao Grupo Kopereck a Viação Conquistadora também estará
recebendo um novo veículo que deverá chegar nos próximos dias mantendo as
mesmas configurações mecânicas, mudando apenas a carroceria e sua configuração
interna.
Quer ver mais
fotos? Adicionamos em nossa galeria mais imagens dos novos ônibus, clique aqui e confira!
O lado ruim do EGR é que prejudica o desempenho, aumenta o consumo de combustível e requer mais manutenção. Periodicamente tem que desmontar a válvula do EGR para descarbonizar, e o coletor de admissão também pode sofrer obstruções por carbonização. Em comparação com modelos equipados com o SCR, portanto dependentes do ARLA-32 para manter o controle das emissões de óxidos de nitrogênio (embora possam operar por um pequeno período sem ARLA-32 antes que comecem a ser limitados torque e potência automaticamente), o DPF também acaba sobrecarregado, exigindo ciclos de regeneração mais constantes (gastando mais óleo diesel ou, em casos de obstruções mais extremas, sendo necessário esquentar a carcaça do filtro com uma fonte de calor externa). E mesmo o consumo de ARLA-32 é inferior à diferença entre o consumo de óleo diesel entre veículos equipados com EGR ou SCR.
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